Lanterna Vermelha
Porque só estando aqui Debaixo desse teto de concreto E não lá Sob o teto de estrelas Sinto o peito a corroer Nessa jaula de paredes claras Sobre o chão de piso sujo Vejo minha alma pela janela Caminhando descalça pela grama Aceno para ela e fujo Te encontro um dia E em algum lugar Talvez esteja frio E eu lhe faça voltar Vou existindo assim vazia Como um túmulo oco Onde ninguém jazia Te digo: volte! Não me abandone a própria sorte O corpo já desabitado preferirá a morte (N. Chrysthie)