O Anjo

Oh Deuses,
Que por teu portão dourado e forjado
Deixastes passar um anjo Vosso.
Caiu do céu,
Sem asas, sem auréola,
Se misturou aos meros mortais.
Mas não passou por mim despercebido.
Não com esses olhos
De um azul profundo e celestial.
Não com essa aura translúcida,
Com essa voz doce
De encantar o mais feroz dos seres.
Adormeceu meus sentidos
Perdoou meus pecados mundanos
E com um beijo na fronte me abandonastes.
Oh Deuses,
Mandeis de volta à Terra
O anjo caído, agora maculado.
Ou se não puderes ultrapassar seu portão
Deixe-o que me console
Por um minuto através destas grades.
Dele depende minha eterna salvação
Ainda que a morte seja a única resposta
A única forma de admirá-lo novamente.
E o beijo foi selado
O fogo súbito e purificador
Me consumiu em brasas brancas de paz.
O meu destino estava cumprido.
E enfim para o anjo fujão
Entreguei minha alma e coração.
(N.Chrysthie)

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